quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

E quando a nossa vontade de Harmonia parece gerar Desarmonia?



Desta vez, vai ser diferente. Desta vez, vou pegar em mim e ser um pilar de alegria e confiança sabendo que o meu exterior vai reflectir esse estado interior. Desta vez, ao invés doutros anos em que me deixei levar pelo “ranque-ranque” da maioria de que o Natal é apenas uma desculpa para consumismo, que é uma época só alegre para as crianças enquanto os adultos se desgraçam em stress e arrancam cabelos em filas intermináveis para embrulhar presentes... Desta vez, vou fazer do Natal uma celebração, vou recordar como me deixava em pulgas há muitos anos atrás e vou aproveitar estes dias para enfeitar a minha casa e as minhas janelas com o Pai Natal, mesmo vivendo sozinha e sabendo que mais ninguém vai partilhar das fitinhas douradas e bolinhas vermelhas que deixam as minhas gatas loucas. Vou pegar nesta ocasião festiva e celebrar como celebrava em criança, mas agora com o olhar do adulto e uma carteira de possibilidades.
Mas, mais importante do que tudo, vou fazê-lo por mim, como passo determinante na minha decisão em criar felicidade para mim. Afinal de contas, a fórmula é exacta, certo? O exterior reflecte o interior, não é? Todos os livros e palestras espirituais afirmam o mesmo: o que queremos criar começa em nós e quando emanamos alegria e gratidão pela nossa vida, isso vai manifestar-se em dias harmoniosos, coincidências estonteantes e uma sensação inebriante de bem-estar... ceeeerto?
E quando, entre os nossos sonhos de prendas, comidinhas boas e convívios felizes, acordamos a meio da noite com a garganta inchada, o nariz entupido e a enxaqueca que promete fazer-nos ver estrelas? Mesmo assim, mantemos o nosso optimismo, olhamos ao espelho e erguemos a nossa espada gritando “não me renderei, vencerei esta doença a tempo de desfrutar das filhoses!”... e no dia seguinte, vem a febre. E mais uma vez, inspiramos fundo (mal, por causa do nariz entupido), saltamos para cima de uma cadeira e declaramos a alto e bom som “sou o Mestre da minha vida, eu domino esta doença e crio as circunstâncias que quero para mim”... e quando, no dia seguinte, os pulmões caem vítima da maldita doença e saltar para cima de uma cadeira só já seria possível com uma canadiana, começamos a questionar por que razão o nosso reflexo ao espelho nos mostra um ser pálido, olheirento e ranhoso que há apenas dois dias atrás estava tão radiante e desejoso que o futuro chegasse. Seguimos a fórmula e o resultado ficou muito aquém do esperado... o que fizemos mal?

Pois, o que os livros e as palestras de motivação não nos dizem é que, na grande maioria das vezes, a nossa Alma escolhe criar as circunstâncias que melhor nos conduzem às respostas que procuramos, mas isso não quer dizer necessariamente que sejam as circunstâncias mais confortáveis ou harmoniosas para nós. Cada um procura a Felicidade, esteja esta onde estiver e para cada um de nós, a Felicidade significa coisas diferentes. Basta mudar de cultura e as nossas percepções mudam, assim como o nosso conceito de Felicidade. A Felicidade torna-se assim um conceito tão mental quanto achar que usar meias com sandálias é piroso, quando na verdade se tratam apenas de peças de vestuário, quem é que decidiu que era piroso?
No fundo, são tudo percepções, tal como para uma pessoa que vive no sistema capitalista, num país Ocidental, construir uma base financeira faz parte de um plano de Abundância necessário para a nossa Felicidade. E, de facto, viver debaixo de um sistema significa aprender a viver nele sem ser esmagado pelas suas regras injustas e, neste aspecto, torna-se imperativo para a nossa cultura ter dinheiro para aceder a melhores médicos, a melhores produtos alimentares e a melhores casas. Não há vergonha nenhuma nisso, mas há que entender que a Felicidade neste âmbito ganha qualidades mentais. "Sou feliz, se tiver isto ou aquilo". São conceitos presos às percepções que fazemos da nossa vida, consoante a nossa cultura, a nossa educação, as nossas ambições... E, se pertencessemos a uma tribo isolada em África, essas percepções mudariam, assim como os nossos objectivos de Felicidade. Talvez nem esse conceito de "Felicidade" existisse, sendo substituído por outro conceito mais valorizado para as pessoas dessa tribo.
Mas, para a nossa Alma, não existem países, culturas, sistemas nem objectivos mentais. Não existem conceitos como “Felicidade”, exactamente como o entendemos na nossa cabeça. Todos somos conduzidos na mesma direcção, alterando-se os acontecimentos das nossas vidas consoante as nossas circunstâncias e as nossas decisões.
Um ponto onde concordo com os livros e palestras de motivação é que o nosso exterior se altera quando o nosso interior se altera, mas há que entender (e aceitar também) que o nosso exterior pode apresentar-se aparentemente adverso quando encetamos essas alterações. Porquê? Porque quando dizemos à nossa Alma “estou pronto”, ela não liga à nossa cultura ou aos nossos conceitos de Felicidade nem aos nossos planos radiantes, mas dá-nos exactamente aquilo que precisamos para alcançar as respostas às nossas perguntas. Tanto às perguntas que fizemos conscientemente como àquelas que nem sequer sabíamos que tínhamos. Mas, para isso, temos também de estar dispostos a honrar esse compromisso que fizemos quando dissemos “estou pronto” e, independentemente das nossas circunstâncias serem harmoniosas ou não, a nossa atitude interna ser de força, persistência e firmeza.

Em jeito de conclusão da minha história sobre o Natal, posso dizer que a minha Alma acertou “na mouche”, como sempre (se eu for humilde o suficiente para o admitir), e orientou-me para uma nova revelação, que farei para que me acompanhe para sempre.
A aparente desarmonia criada pela minha doença, que durou todos os dias do Natal estendendo-se até à Passagem de Ano, numa recuperação muito lenta, mostrou-me dois aspectos sobre mim: o primeiro sendo a incrível facilidade com que pensamentos de desânimo, irritação e injustiça enchem a minha mente como um Tsunami destrutivo e o segundo, a tremenda força de resistência interna que nos impele a atravessar momentos adversos com esperança no nosso coração e firmeza nas nossas resoluções originais.
Escolhi usar essa determinação e decidi que iria celebrar esta ocasião festiva, doente ou não doente. E, quando consegui finalmente ignorar as sensações derrotistas e a percepção mental de ser um alvo qualquer de uma anedota cósmica, fui brindada pelo Natal mais brilhante da minha vida adulta e que me fez recordar os Natais de criança. Em parte, pela persistência em reconhecer todos os pontos dignos de gratidão e retirar importância aos desconfortos que sentia, mas também porque as pessoas em meu redor foram portais de comunhão e alegria que preencheram estes dias com riso, calor e uma pitada de loucura, sempre bem-vinda. Circunstâncias e prendas inesperadas vieram como respostas às minhas preces e tudo isto no meio de muitos pacotes de lenços, tosse e botijas de água quente.
 

O que descobri ao fim destas semanas é que as lembranças das celebrações de 2014 são de alegria, convívio e satisfação e que apesar de saber os desconfortos que passei, parece que nem já os recordo. De tal forma é o poder da nossa mente, que quando decidimos dar importância àquilo que nos dá alegria, só isso parece apagar até as memórias das dores físicas. Na verdade, ter compreendido realmente esta pérola de sabedoria é para mim infinitamente mais valioso do que qualquer cenário cor-de-rosa de um Natal harmonioso que eu quis projectar. E, como sempre, no momento em que alcancei mais um momento de “Eureka”, olhei para o reflexo no espelho e "vi" a minha Alma piscar-me o olho. ;)

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

O Propósito de Vida: Canalização colectiva

Quando em busca do propósito da vida, é importante não esquecer que são vários os propósitos.
Quando a Vida existe, o seu propósito existe já.

Quando queres mudar a tua vida para algo com mais sentido, quando queres encontrar o que realmente te realiza, dás-lhe o nome de propósito. No entanto, a busca deste “propósito” nasce da profunda insatisfação sentida acerca da vida que estás a viver. Podes usar essa insatisfação como motor de busca, mas quando a frustração te consome, pode criar uma busca sem sucesso.

Oferecemos este exemplo para desenvolver este tema: a semente de uma laranja está insatisfeita com o facto de ter dado origem apenas a si própria, ou seja, uma laranja no meio de tantas outras laranjas pertencentes à mesma laranjeira, e quer encontrar o seu propósito que sente ser maior do que ser apenas uma laranja. Dependendo da personalidade desta laranja, a mesma pode ser mais impaciente ou paciente, mais activa ou passiva. O seu desejo pode ser tão intenso que amadurece mais rapidamente do que as outras e larga a laranjeira em busca do solo fértil, ou pode ser mais cautelosa e permite que a vida passe por ela até que alguém a colha e a leve para outras paragens, ou pode ainda percorrer um caminho mais lento em que serve de alimento a outros seres até ser depositada no solo. Apesar de estes serem aparentemente caminhos muito diferentes, com ritmos e circunstâncias diferentes, o ponto comum que partilham é a vontade da laranja. Do ponto de vista da Alma e do Amor Incondicional, existem caminhos necessários para a Alma caminhar e cada um é diferente, uns podendo ser mais rápidos e outros mais lentos, devendo-se muito também ao Ser que a laranja é, os seus desafios e como se move na sua vida.

Do ponto de vista do Amor Incondicional, nenhum é melhor ou mais auspicioso, todos encerram a oportunidade de dar frutos, sendo que o sucesso reside na força da vontade interna alinhada com a vontade da Alma. Muitas vezes, quando a vontade se torna impaciência, a incompreensão da não manifestação dessa vontade instala-se e começa a ocorrer uma degeneração ao nível do corpo físico, emocional e mental podendo alastrar ao espiritual, a laranja começa a perder as suas qualidades originais podendo mesmo tornar-se tóxica para outros ou infértil quando chegar o momento de cair no solo. A busca deste “propósito” pode tornar-se uma doença no sentido em que provoca a perda da perspectiva acerca do propósito original e que já existe: o próprio Ser. Para a laranja poder tornar-se um dia uma laranjeira fértil, tem que cuidar de si própria em todos os passos do caminho, para que possa transformar as aprendizagens em saúde e sabedoria. De nada serve tornar-se uma laranjeira fraca que dá origem a outras laranjas frágeis e inférteis. Até pode convencer-se que atingiu os seus objectivos, mas o seu coração sabe que são apenas aparências. Mais do que um quadro pintado na perfeição para convencer outros da sua Evolução, é sentir-se alinhado com a Alma independentemente do que possa parecer aos outros. Não há maior felicidade para o corpo do que a manifestação plena da Alma na vida que é sua neste momento.

Quando a vontade de encontrar o propósito ou o trabalho que a Alma planeou para a tua vida se encontrar vivo dentro de ti, nós podemos ajudar-te criando as circunstâncias, os obstáculos e as facilidades para que possas percorrer esse caminho. Vai chegar o momento em que terás de tomar acções e dar passos de Fé e as oportunidades para tal surgirão na altura mais propícia para dar frutos. Vemos e compreendemos as tuas ânsias, mas lembra-te que, por vezes, desfazer de uma vez só todas as construções externas e internas das decisões que tomaste na tua vida até aqui pode não ser o melhor para a tua Alma, enquanto para outras Almas, esse desfazer possa ser mais rápido ou até abrupto, consoante as circunstâncias da Evolução.

Não há fórmulas certas ou erradas colectivas, mas sim o que resulta para ti e o que não resulta, comparações com outros ou histórias de sucesso ou insucesso de outros para analisar a tua progressão alimenta apenas a Estagnação ou a Pressa. Para a Alma não há Tempo, mas sim oportunidades perdidas ou aproveitadas e a possibilidade de mais oportunidades de Evolução. Aproveitar uma oportunidade de Evolução pode não significar tomar uma acção, mas sim escolher não tomá-la. Lembra-te, não existem fórmulas e conhecer o coração e sentir o seu alinhamento com a Alma faz parte do teu propósito nesta Vida, propósito esse que engloba o trabalho que poderás vir a fazer, sendo que este não é o centro do teu propósito que é muito mais profundo, expandido e infinito que isso.

Estamos contigo.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Lost in Translation

Em dias como este em que tenho a minha Alma a gritar-me ao ouvido linguagens que não consigo perceber, só me apetece gritar de volta: FALA NUMA LÍNGUA QUE EU PERCEBA!
Será que com tantos anos de convivência nesta vida, já para não falar nos prováveis anos de vidas passadas,  ainda não chegámos a acordo nesta comunicação?

Vivemos numa Era extraordinária em muitos aspectos, temos novas tecnologias à mercê dos nossos dedinhos curiosos, podemos falar com pessoas do outro lado do mundo que, noutras Eras, nunca saberíamos da sua Existência, temos acesso a um mundo infindável de informações que queremos saber (e outras acerca das quais preferíamos continuar ignorantes), temos supermercados, lojas e uma série de estabelecimentos a brilhar com todos os artigos para a nossa sobrevivência e ainda para levarmos uma vida de consumo intenso de roupas, brinquedos para adultos, mobília e gadgets que funcionam como Valium para as nossas frustrações e falta de sentido. 
E, no entanto, nunca chega. Nada disto chega para evitar que cheguem dias destes em que temos a nossa Alma a berrar que não chega, que quer outras paragens, outras descobertas, e preferencialmente, que sejamos nós a desbravar florestas virgens  e a sair vergastados pelos ramos insaciáveis de sangue dos aventureiros. O problema cria-se quando olhamos em volta e não há florestas virgens, tudo o que vemos são muros e muros de uma sociedade e papéis perfeitamente definidos, muralhas tão subtis que até os artistas plásticos se vêm envolvidos num rol de criações académicas sem se darem conta que estão a clonar-se uns aos outros. Passámos anos e anos envolvidos nos nossos próprios medos, criando a caixa perfeita onde nos encaixarmos que quando esta se tornou demasiado pequena, enfrentámos os nossos medos, acreditámos que afinal podíamos ser capazes de aguentar os braços ensaguentados e ao abrir os olhos munidos das nossas espadas e chapéus de três bicos fomos confrontados pelo mundo criado por nós e pelos outros: de betão, perfeitamente optimizado, com cadeiras à mesa defronte de etiquetas com o nosso nome para sabermos exactamente onde é suposto sentarmo-nos, com o manual de instruções comportamentais debaixo do braço e um universo de conhecidos e família que sempre nos viram da mesma forma, da forma que projectámos e que, afinal, agora queremos largar.

Talvez crescer e tornarmo-nos independentes não seja apenas uma questão de sair da casa dos pais, arranjar um trabalho para a nossa subsistência, criar uma família e bens e perpetuar o que aprendemos para que o funcionamento continue imparável e mecânico, talvez fazer precisamente isso seja a maior prova que continuamos agarrados às saias da Mãe vivendo com o perpétuo medo da autoridade do Pai. Talvez o que a nossa Alma nos tenta berrar ao ouvido é que temos que largar o ninho, arriscar o frio e encontrar as nossas próprias florestas virgens a desbravar mesmo que isso signifique acreditar em criar algo mais do que as nossas obrigações financeiras, mais do que preencher a nossa vida social e aumentar o nosso conhecimento. E o clique que não está a ocorrer entre a nossa Alma e a nossa Consciência é que nós não conseguimos contemplar nada que não consiga encaixar-se na caixa mental que criámos para nós, não conseguimos pensar em criar algo que não tenha um objectivo específico, algo que não careça de planeamento ou de algum tipo de reconhecimento exterior. A verdade é que precisamos de motivação e esta não parece ter sementes internas suficientemente fortes para nos manter persistentes na criação sem qualquer tipo de incentivo. 

E pus-me a pensar mais seriamente nisto, porque actualmente fala-se imenso sobre sermos nós próprios e como o que procuramos não está lá fora, mas sim cá dentro e etc... não quero contrariar estas orientações quando eu própria acredito nelas ou, pelo menos, quero acreditar, mas põe-se o problema: se foi sempre suposto encontrarmos o que procuramos cá dentro, então porque raio nascemos num mundo populado por outros??? Se o nosso propósito é encontrarmo-nos a nós próprios, conhecermo-nos e aceitarmos quem somos e etc... onde cabe o outro aqui?

Por princípio, não acredito em verdades absolutas, porque de cada vez que caí na esparrela de o fazer, a vida veio e deu-me uns certeiros golpes de Kung Fu que me deixaram de cabeça para baixo e pézinhos no ar, por isso quando me alimentam com verdades absolutas, a minha reacção é começar a vomitar o excedente. Não posso crer que num mundo em que quando saio da minha porta, vejo a dona Emília e o senhor António mais o seu cãozinho Adolfo a passear na rua construída por pessoas, num sistema construído por pessoas, num mundo criado por pessoas, mundo esse do qual faço parte, que o meu propósito seja o de me encontrar a mim própria e pronto já está! Estou cada vez mais a favor da comunicação como meio para a evolução individual, colectiva e universal (caso os aliens estejam dispostos a isso, claro, se não estiverem, sem ressentimentos, já temos muitos humanos com que nos entretermos, cá nos amanhamos).

Por isso, talvez o que a nossa Alma nos berra ao ouvido seja: olha um bocadinho para ti, um bocadinho para o outro, fica um bocadinho feliz com a tua vida, fica um bocadinho descontente com a tua vida, cresce um bocadinho para fora desta existência de betão, mas aprende a encontrar a beleza nela também. Parece confuso? Claro que é! É conversa de Alma e por mais Eras que passemos, parece que ainda não chegámos àquela mais importante: a Era em que finalmente traduzimos os berros da nossa Alma em traços claros dos passos a dar no mapa da nossa vida. Até lá, somos todos o menino Joãozinho que por mais que lhe expliquem a equação continua a olhar para o quadro de boca aberta e de expressão confusa.

Assim, em dias como este, só me dá para olhar para cima e, em reposta ao discurso da minha Alma que, apesar de poder ser coerente para um Ser vasto e iluminado, para mim é o caos total, a única sílaba que consigo pronunciar é: Hã??

 E, a menos que sejas um dos poucos que acha que “já chegou lá” e consegue tecer discursos muito claros acerca do funcionamento desta Existência ( e se fores, estou a deitar-te a língua de fora!),  tenta respirar fundo, consolar-te um pouco sabendo que não estás sozinho e lembra-te ainda que a Alma é teimosa na sua essência, não vai parar de berrar e se tu não parares de tentar perceber, pequenos momentos milagrosos em que  ela grita “1 + 1” e tu gritas “2!” acontecem e todas estas batalhas e sofrimentos valem a pena porque tiveste um momento EUREKA e, quem sabe, hoje não é esse dia? :)